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Seis razões que comprovam que a certificação de cabeamento é mais necessária que nunca
2017-01-12

Escrito por Richard Landim

O atual cenário de crise econômica que o país enfrenta demandou uma  reestruturação dos orçamentos de TI. Reduzir custos é a prioridade número um  das empresas, que precisam tomar decisões difíceis para reduzir despesas  operacionais e de capital. No entanto, neste processo, é fundamental que os  gerentes de TI não se esqueçam de que uma infraestrutura de rede saudável está  diretamente ligada à produtividade, eficiência e expansão de serviços. 

Uma opção tentadora para reduzir as despesas de TI pode ser adiar a  manutenção. Embora nenhuma organização prorrogue uma manutenção realmente  crítica, existem tarefas que podem ser adiadas, pois estão em uma zona cinzenta  que pode ser considerada "opcional". Trafegar nessas decisões não é  fácil, mas seria um grave erro suspender os testes da fundação de cada rede:  seu cabeamento de cobre e fibra.

O teste mais completo para o cabeamento de rede é a certificação. A  certificação prova que um sistema de cabos adere a rigorosos padrões de  desempenho e de execução da instalação, por isso, este procedimento requer  técnicos treinados e equipamentos de teste especializados. Este é um esforço  caro que pode ser adiado, certo? Errado.

O cabeamento é responsável por metade de todas as falhas na rede. Ao  certificá-lo, as falhas são significativamente reduzidas. Em tempos  financeiramente desafiadores, este é um benefício crucial que pode ser  potencializado de seis maneiras:

1. Certificar é mais barato que reparar

A certificação de cabos de cobre e fibra previne problemas. Sem ela os  reparos devem ser feitos em uma rede ativa ou pior, em uma rede que está  sofrendo uma interrupção.

O tempo de inatividade da rede resulta em perda de receita e  produtividade, redução de serviço ao cliente e desvantagem competitiva. Um  estudo do Gartner estimou que uma hora de inatividade de uma rede corporativa  custa, em média US$ 42.000, dependendo da indústria.

Se uma empresa é desafiada a melhorar seu tempo de atividade anual de  99,9% para 99,99%, ela precisa reduzir o tempo de inatividade por oito horas.  Usando a estimativa do Gartner sobre o custo de inatividade, isso gera uma  economia para a empresa de US$ 336.000 por ano. Mas como se chega lá?

Há muitas causas de inatividade. Um estudo do Gartner/Dataquest apontou  que o erro humano e de aplicação são responsáveis por 80% das falhas. Mas se a  rede representa apenas 20% da causa, ela responde por US$ 67.000 da exposição.

Compare isso com o custo da certificação. Uma rede com 600 linhas de  cobre Categoria 6 passa por testes de certificação. Uma suposição realista é  que 5% dos links falham no teste inicial e devem ser reparados e testados  novamente. Usando um certificador de cabo moderno todo o processo levaria  aproximadamente 11 horas. A uma taxa comercial de R$50 por hora, a despesa será  de R$600. R$600 de despesa para economizar US$67.000. O caso de sucesso da  certificação é auto evidente.

2. As garantias do produto estão limitadas

Em tempos difíceis um proprietário de rede pode ser tentado a usar a  garantia de um fabricante por segurança. Isso é compreensível uma vez que a  maioria dos fabricantes de cabos e conectores oferecem boas garantias e estão  por trás de seus produtos. Entretanto, esses fabricantes não podem garantir a  instalação final.

A qualidade de uma instalação de cabos está em grande parte nas mãos dos  instaladores. Se a habilidade do profissional é fraca, mesmo produtos  excelentes falham. As falhas e problemas associadas à rede estão fora do escopo  de uma garantia de hardware, de modo que o proprietário da rede e o instalador  devem negociar a correção.

A única maneira de assegurar que a obra do instalador atenda aos padrões  e que as melhores práticas sejam seguidas é através dos testes de certificação.  A certificação dá a proteção necessária contra custos imprevistos ao  proprietário da rede e, quando os ventos da economia estão desfavoráveis, essa  proteção é sempre bem-vinda.

3. Certificação e Recertificação serão a prova de futuro da  infraestrutura

Você pode acreditar que um cabo, após instalado e certificado, nunca mais  precisará de atenção. Isso pode ser imprudente. Uma planta de cabeamento  recertificada pode provar ser compatível com o tráfego de alta velocidade que é  implantado anos após o cabo ser instalado pela primeira vez. Quão importante é  o suporte para velocidades mais altas? De acordo com um levantamento de  datacenters pela empresa de pesquisa BSRIA, a tecnologia multigigabit é comum  agora:

  

Quais são as implicações disto? O cabo de cobre da categoria 6 foi  projetado para suportar uma taxa de dados de 1 Gigabit por segundo. Os recentes  testes de certificação em campo indicam que boa parte do cabo Cat 6 usado nos  datacenters está em conformidade com o padrão 10GBASE-T e pode suportar o serviço  de 10 Gigabit em distâncias curtas a moderadas. Se você recertificar o cabo Cat  6 em seu datacenter pode encontrar um caminho eficiente para uma taxa de  transferência de 10X, evitando alguns ou todos os custos de substituição de  cabeamento. Além disso, quando a demanda por serviços de TI repercutir, a  planta de cabos recertificados estará pronta para suportar novos equipamentos e  expandir os serviços.

4. Cabeamento não certificado = Capital Subutilizado 

É um fato: Recessões agitam o mercado, especialmente o imobiliário.  Quando um novo inquilino entra em um edifício o estado de seu cabeamento  apresenta uma série de questões. Quantos anos têm? Funciona? Para que foi  usado? Quando? O novo inquilino pode ver a essa quantidade de cabos de cobre  e/ou fibra como um mistério e não como algo bom.

Certificar 200 links de cabos custará menos de R$ 1000. A instalação de  200 novas linhas do novo cabo Cat 6 custará de R$ 5.000 a R$ 10.000. A escolha  para o locatário é fácil.

A certificação é sinônimo de capital poupado para os proprietários de  edifícios e inquilinos. A falta de certificação transforma o cabeamento legado  em capital subutilizado: dinheiro gasto que não pode ser recuperado.

5. Reduzir resíduos é uma boa política

O argumento econômico para estender a vida dos cabos foi descrito no item  4, mas pode não ser o pior caso. O Código Elétrico Nacional (NEC 2002) requer a  remoção de cabos abandonados que não sejam identificados para uso futuro. Sem  certificação, o custo do cabo legado pode incluir a despesa com a remoção e  reciclagem dos cabos e/ou o impacto ambiental da eliminação.

Maximizar o uso de cabos de cobre e fibra existentes é uma política de  negócios consistente. Quando devidamente conservado tem uma longa vida útil.  Com orçamentos limitados exigindo maior eficiência, faz sentido usar a  certificação para implementar os três pilares da gestão ambiental: Reduzir,  Reutilizar e Reciclar.

6. Comprador Cauteloso

Uma tendência inquietante na indústria de cabos refere-se a produtos das  categorias 5, 6 e 6A. Estes cabos são muitas vezes fabricados fora do país e é  mais barato se comparado ao de grandes fabricantes. Infelizmente, muito destes  cabos baratos são produzidos com materiais inferiores e em processos de  fabricação questionáveis.

Em 2008, a Communications Cable & Connectivity Association testou nove marcas de cabos sem nome em comercialização no mercado.. Nenhuma  delas atingiu porém os requisitos físicos definidos no TIA 568-B.2; apenas  cinco atenderam aos padrões de teste elétrico determinados no TIA 568-B.2; e  somente uma atende aos pré-requisitos de segurança definidos pelas normas UL  1666 e NFPA 262. Mas como esse cabo tão fraco chega ao mercado? Isso acontece  porque as agências de segurança realizam testes aleatórios na fábrica e não no  campo. O abismo no processo de qualidade deixa os usuários finais expostos a  riscos de segurança e desempenho totalmente evitáveis.

Para assegurar que não haja prejuízo ou riscos ocultos com cabos Cat 5, 6  e 6A de baixo custo, as empresas e instaladores devem se certificar de que o  cabeamento esteja de acordo com os padrões da indústria.

Em suma, o cabeamento certificado tem muito mais valor. E pode variar  dependendo da aplicação e da empresa. Considere as armadilhas dos cabos não  certificados. Considere o trade-off entre os testes e "espere o  melhor". A esperança é raramente uma boa estratégia e, em uma economia  desafiadora, é ainda mais perigosa.

Richard Landim é Especialista de Produtos da Fluke Networks Brasil,  líder mundial no fornecimento de soluções de teste de rede e monitoramento.

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